A Beleza Invisível da Adoração

Flying

O Senhor diz: Esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. 

A adoração que me prestam só é feita de regras ensinadas por homens.

Isaías 29:13

A principal missão do homem é a adoração a Deus. Segundo Champlin (2001) a origem da palavra latina adorar é a composição ad, que significa “à”, e palavra-raiz oris, “boca”, há também ad e orare, “fala”. Se a boca fala do que o coração está cheio, louvar talvez seja a principal expressão de adoração. Quero discorrer um pouco do que tenho aprendido sobre a adoração.

Vou compartilhar com vocês um sonho que tive aos dez anos de idade e que nunca esqueci. Acredito que esse sonho serviu para me ensinar acerca do louvor que Deus deseja receber de mim. Ele se parece um pouco com a descrição feita por Jesus em Mateus 23:27-28.

No sonho eu estava extasiada ao ouvir o louvor de um trio de mulheres que trajavam vestes longas e brancas. O coro estava numa plataforma olhando para o céu e a música produzida combinava com a expressão maviosa estampada em seus semblantes. De repente, elas ascenderam aos céus e a eu gritei para ir junto, consegui me segurar na orla da veste de uma delas.  Do mesmo modo repentino que subimos começamos a cair. Quando percebi que havia sido enganada era tarde demais. A queda levou as quatro para o abismo.

A feiura invisível

Quem ministra louvor tem a grande responsabilidade de adorar a Deus sem chamar a atenção para si mesmo. O perigo que corre de cair no mesmo erro de Lúcifer é grande. A ovação do público, a beleza da voz e performance podem exaltar o coração. E quando a pessoa que louva perde um dos itens do qual se orgulha fica completamente perdida e a vida sem sentido. Ela perde a identidade de adoradora de Deus porque o adorador-hipócrita assumiu o senhorio. E o pior: influencia outras pessoas, faz discípulos hipócritas, egoístas.

Darlene Zschech, em seu livro “Adoração Extravagante” afirma que um dos maiores obstáculos que um músico e cantor enfrenta é o orgulho, se a pessoa consegue anular esse obstáculo alcança a maravilhosa liberdade de servir no Reino de Deus. Ela adverte que “Não pensar muito alto de si mesmo, dar preferência aos outros, ouvir conselhos e correções, ajuda a lidar com o orgulho”. O orgulho é imperceptível até para o orgulhoso. Sua aparência, justificativas, regras, tudo fomenta o engano. E se tentarmos copiar as regras desses “adoradores” poderemos cair na mesma transgressão da hipocrisia, superficialidade e orgulho. Se Deus com sua misericórdia não disciplinasse a seus filhos levando-os ao arrependimento, eles terminariam ouvindo o “Não vos conheço”.

A Beleza de Deus

A adoração a Deus é um caminho de mão dupla com fluxo contínuo: ela inicia no próprio Deus aquecendo o coração com amor e quando o homem corresponde recebe toda a benignidade de Deus e O adora mais. Os lábios então revelam a adoração que flui no secreto da pureza de um coração transbordante de fé e amor por Deus. A adoração agradável a Deus nos é aberta quando:

  • Há arrependimento e confissão de pecados ao Senhor e salvador Jesus
  • O Espírito Santo habita na vida santificada
  • Há convicção de que a própria vida requer adoração a Deus
  • Existe comunhão com a comunidade de adoradores
  • A motivação de nossas ações é exaltar ao SENHOR

A fonte da adoração a Deus é o próprio Deus! É a Beleza que os olhos carnais não percebem. Quando encontramos pessoas ou coisas com a Beleza de Deus, não devemos voltar nossa atenção a elas, muito menos segui-las, mas nos dirigir a Deus, o foco e a fonte de nossa adoração. A Beleza de Deus foi plenamente revelada em seu Filho. E a Ele sim podemos olhar, porque Jesus aponta para o próprio Deus, é nossa salvação. A Beleza de Deus pode ser conceituada com duas palavras: amor e graça.

A graça pode ser claramente ilustrada com os cuidados que uma criança recebe de seus pais. Jesus citou um verso da canção de Davi: “Deus ensinou as crianças e as criancinhas a oferecerem o louvor perfeito” (Sl 8:2; Mt 21:16). Esse salmo nos mostra como devemos ser dependentes de Deus e nos render completamente ao seu amor. Teremos acesso ao Reino dos Céus com as asas da humilhação. “[…] Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.” Jesus (Mt 18:3)

Romanos 11:36:

Porque dele

e por ele,

e para ele,

são todas as coisas;

glória, pois, a ele eternamente.

Amém.

 

Referência:

Bíblia Online. Disponível em e < http://www.sbb.org.br&gt;

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento Interpretado: Versículo por versículo. Dicionário A-L. Vol. 6. Editora: Hagnos. Pág. 3746

ZSCHECH, Darlene. Adoração Extravagante. Editora: Atos, 2004. Pág. 85

1 comentário

  1. Rute · abril 1, 2015

    Forte advertência. Louvemos ao Senhor por toda nossa vida!

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Obrigada por seu comentário! Ele será lido e aprovado em breve.